domingo, 19 de maio de 2013

Supernatural s2


Dia 04: Música do dia



One-shot: Uma historia sobre o fim



Fazia sol quando o professor Finn, de educação física, pediu a atenção de seus alunos.
Pandora, Michael e Liam estavam sentados no segundo degrau da quadra de esportes e pararam de conversar sobre violão para escutar o professor.
– Então, eu tenho um comunicado importante. – Finn fez uma pausa – A última missão para salvar o mundo falhou. O foguete 003 não conseguiu destruir o asteroide. Daqui a oito dias, cinco horas e vinte e dois minutos o asteroide conhecido como Planeta 14 irá colidir com a Terra.
Uma agitação se formou entre os alunos.
– Por favor, fiquem calmos. Já estamos no último horário de aula, quando o sinal tocar vocês estarão livres para irem atrás da família de vocês. Esse foi o último dia de aula de vocês, aproveitem isso.
Então Finn se retirou da quadra, os meninos que ali estavam voltaram a jogar futebol, muitos comentando que aquele seria o último jogo juntos.
Pandora tinha o olhar perdido, olhava para o céu, para as nuvens que agora tampavam o sol.
– Então o mundo vai acabar. – ela falou, mexendo na manga de sua blusa de frio.
– Sim. – Michael disse, pegando na mão da garota
Liam também parecia ter o olhar perdido.
– Eu preciso ver a Demetria.
– Mas Liam... – Panda o olhou – Ela está á milhas daqui.
– Por favor, Pandora. – o garoto se levantou –Me leve até a Demi.

O dia amanhecera agitado. A maioria das pessoas preparava-se para viajar, queriam rever a família, conhecer lugares novos, fazer o que ainda não haviam feito.
Depois de convencer os pais a deixá-la ir até Goiânia atrás de Demetria, sua melhor amiga de infância, Pandora pegou sua mochila e colocou algumas roupas.
Soltou seu cabelo, que chegavam abaixo da nuca em leves cachos castanho-escuros. Colocou um vestido azul-escuro rodado, calçou seu par de all star preto preferido e vestiu uma blusa de frio preta.
Em seguida despediu-se de sua família, pegando sua bicicleta e indo em direção à escola, onde encontraria com Liam e Michael.
No dia anterior havia combinado com os dois que viajariam para Goiania de bicicleta. Era uma ideia idiota, mas era o melhor que eles podiam fazer. Panda gostaria que seus outros amigos pudessem ir com ela, mas Jonny havia ficado com Wendy, e Mathews e Jimmy precisavam ficar ao lado de Karen, irmã de Mathews e prima de Jimmy, que estava internada no hospital.
Quando Panda chegou à escola, Liam e Michael já haviam chegado.
– Conseguiu falar com a Demi? – Liam perguntou, desencostando-se da parede
– Ela não atende o celular.
Desceu da bicicleta, pegando o celular na mochila e novamente discou o numero da Demetria. Como das outras vezes, a ligação caiu na caixa postal.
Michael estava mais quieto do que o normal. Pegou sua bicicleta que estava caída no chão e sorriu de lado, falando:
– Vamos logo, preciso falar com minha mãe ainda.
– Mas nós vamos nos atrasar, preciso estar de volta antes do dia final. – Pandora falou, olhando para Michael.
– Vai ser rapidinho, e é no caminho.
– Vamos logo com isso... – Liam disse, subindo em sua bicicleta.
Pedalaram por alguns minutos até chegar á casa de Michael. Deixaram as bicicletas na garagem e tocaram a campainha.
Uma mulher de cabelos pretos e pele clara abriu a porta. Ela tinha um sorriso largo e olhos brilhantes, como os de Michael.
– Oi filho. – ela passou a mão na cabeça do menino – E amigos.
– Sou a Pandora. – a garota disse, sorrindo
– E eu sou o Liam.
– Sejam bem-vindos, eu sou a Marie. Vamos entrar...
Entraram na casa devagar, seguindo Marie, e sentaram no sofá cor de pele que tinha na sala de estar.
– Então, não podemos demorar muito, se não vamos nos atrasar para a viagem. – Liam comentou, com um sorriso nos lábios
– Que viagem? – Marie disse, levantando-se do sofá
– Mãe, posso conversar com você a sós? – Michael falou, puxando a mãe para a cozinha.
Da sala Pandora e Liam podiam escutar os dois gritando. Depois de algum tempo Mich voltou para a sala, jogando-se no sofá.
– Vou poder ir, mas teremos que passar a noite aqui.
– Por mim tudo bem, já são cinco da tarde mesmo. – Panda disse, levantando-se do sofá – O que vamos fazer para aproveitar o fim do mundo?
– Minha mãe disse que tem uma cama-elastica no quintal...

O quintal era um lugar amplo, havia uma piscina, uma churrasqueira e uma mesa de piquenique. Sobre o gramado havia uma cama-elastica, com duas meninas pulando.
– Quem são? – Panda perguntou, sorrindo
– Minhas irmãs. – Michael respondeu, subindo na cama-elastica.
Uma das garotas aparentava ter por volta dos 12 anos, ela tinha o corpo pequeno e os cabelos pretos compridos. Já a outra era mais velha, talvez 18 anos. As duas tinham um sorriso largo, assim como Marie.
Liam e Panda sentaram-se na grama e ficaram observando os três irmãos pulando e rindo sem parar. Aquele até que era um bom modo de aproveitar o fim do mundo.
Pandora sentiu seu celular vibrar no bolso, pegou-o e viu que era uma ligação da Demetria.
– Liam, é a Demi... – a garota disse, atendendo o celular
– Ponha no auto-falante!
– Oi Demi... – Panda disse
– Panda, o céu vai cair! – Demi disse em meio aos soluços – Eu preciso de você... e do Liam.
– Calma... Amanhã de manhã vamos viajar praí! Nós vamos te ver, ok? – A ligação começava a falhar
– Prometa que antes do mundo acabar vocês ainda vão me abraçar...
– Eu prometo Demi! Escuta...
E então a ligação caiu.

Em Goiânia Demetria estava muito aflita e preocupada, primeiro porque seria o fim do mundo, e segundo, e se o mundo acabasse e não visse Liam?
Era um dia tão calmo até a notícia sair em todos os jornais: o fim do mundo seria em seis dias. Demi tinha que fazer algo para ver todos aqueles que não podiam, seu pai e seus amigos que moravam em Brasília.
Ela ligou para seu pai primeiramente e mandou beijos, falou que iria visita-lo antes do fim do mundo, mas em sua tentativa de ligar para Panda, sua grande amiga de infância, a moça da telefonia dizia que "estava ocupado", assim Demetria ficou louca, ficou o dia todo tentando ligar, ate que finalmente conseguiu, mas ela não pode terminar a chamada a ligação havia caído.


Após pedalarem por mais de quatro horas Liam, Michael e Pandora pararam em uma lanchonete de beira de estrada. Era um lugar pequeno, com mesas de madeira e comida bem simples.
Sentaram em uma mesa perto da janela e pediram panquecas e coca-cola. Panda olhava pelo vidro embaçado o céu lá fora, isso sempre a acalmava, e Liam e Michael conversavam sobre tudo o que já haviam passado juntos.
– Lembra de quando fizemos aquele desenho do Homem de Ferro e ninguém conseguia fazer o outro braço? – Liam sorriu

Foi então que o âncora do jornal anunciou que o fim do mundo havia sido adiantado, “o asteroide Planeta 14 está vindo em uma velocidade maior do que esperávamos, os cientistas estimam que a Terra será destruída daqui a aproximadamente uma hora e quinze minutos”.
Panda continuou observando o céu, como se não tivesse escutado nada. O senhor dono da lanchonete caminhou em direção a eles com dois sacos de papel com as panquecas dentro.
– Me desculpem, terão que levar para a viagem. Nós estamos fechando, temos que ir até a nossa família.

– Ah, tudo bem. – Liam respondeu – São quantos minutos daqui até a Goiania?
– Dá uma hora, meu jovem.
– E de bicicleta? – Michael perguntou
– Vocês morrerão no caminho. – Panda parou de olhar para o céu – Mas eu lhes dou carona.

E então entraram no carro do velho homem e comeram suas panquecas. O coração batendo forte, pensamentos voando.
Liam pegou o celular e ligou para Demi, pedindo que ela os esperasse em frente a casa dela.

E quando eles chegaram ela realmente estava lá. Os olhos vermelhos de tanto chorar.
Pandora correu e a abraçou, e quando soltou a amiga Liam a olhava com um sorriso fraco nos lábios.
Demi não pode conter o sorriso, correu e o abraçou, beijando-o.
E então David, o irmão mais novo de Demi gritou que o céu estava caindo.
Michael aproximou-se de Panda, apertando a bochecha da garota.
– O que você está fazendo? – Ela perguntou
– Pode ser a última vez que eu aperto sua bochecha. – ele sorriu – Acho que vou sentir falta disso.
– Michael, eu estou com medo. – Panda disse, com os olhos vermelhos
– Vai ficar tudo bem.
Então ele a abraçou e pela primeira vez olhar para o céu não a acalmaria. 



Escrita por Tauane Matos e Sara Moreira. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Um texto antigo

Uma coisa que eu tenho certeza é que todo mundo guarda dentro de si um pouquinho de dor. Ninguém é totalmente feliz ao ponto de não ter lembranças ruins, sentimentos que podem machucar, problemas sem soluções, magoas profundas ou feridas que não foram cicatrizadas. Todos são portadores da dor, mesmo que a tentem esconder no canto mais escuro do coração, em um baú de lembranças trancado a sete chaves ou simplesmente atrás de um sorriso. São poucos aqueles que têm coragem o suficiente para contar sua dor, a maioria apenas a guarda, a sufoca dentro de si, pedindo socorro a si mesmo. Mas sempre chega a hora em que as pessoas não aguentam a dor dentro de seu coração, então choram e gritam, buscam qualquer jeito para acabar com aquilo. Ninguém consegue ser forte por muito tempo.


Dia 02: Música do dia



Boa noite minna-san!



quarta-feira, 15 de maio de 2013

Dia 01: Música do dia

Isso mesmo minna-san! Tenho mais uma novidade para vocês: agora aqui no blog teremos a música do dia. 
É bem simples, todo dia postarei uma música de qual gosto muito, isso por 30 dias (um mês). No final desses dias pensarei se continuarei com esse projeto ou não.

                                            

Nerd of the Dead e o que eu faria em um apocalipse zumbi




Navegando pela internet deparei-me com a mais nova série de zumbis lançada: Nerd of the Dead. Apesar do título ser em inglês, essa é uma série brasileira. Isso mesmo, você não leu errado.
A série conta a história de dois amigos "nerds" tentando sobreviver no apocalipse zumbi. A série é super divertida e faz com que nós nos identifiquemos (nossa, que palavra estranha... tá certo isso, produção?) em várias cenas.
Em fim, após assistir a série eu fiquei pensando no que eu faria caso eu estivesse em um apocalipse zumbi. Acho que eu pegaria algo para esmagar a cabeça dos zumbis, juntaria um pouco de comida e sairia atrás de um lugar seguro. 
Na verdade, acho que eu não seria muito diferente do pessoal da série!

Para quem se interessou aí vai o primeiro episodio!





One-shot: O Diário de uma História Transparente


Observação: Ao ler prestem atenção na ordem dos dias, pois são aleatórios. 

Dia 50

Ela me beijou. Seus lábios eram quentes e macios e o toque de sua mão em minha nuca fazia-me sentir o cara mais sortudo de todos. Quando nos separamos encostei minha testa na dela. Eu podia observar o sorriso que ela esboçava. Era o sorriso mais lindo que eu já havia visto em toda a minha vida, e por mais que ela o detestasse, eu nunca deixaria de amá-lo.
- Quando você encontra uma transparência igual a sua você não deve deixá-la ir embora. – falei, olhando em seus olhos – Catarina, promete que dessa vez não vai me deixar?
- Então você descobriu, não é mesmo? – ela sorriu de lado e eu sorri de volta.
Ela afastou-se de mim, sorrindo.
- Prometo que dessa vez não sairei correndo. – ela me olhou – Eu amo você!

Dia 01

Quando a vi se aproximar senti um frio subir por minha coluna vertebral.
Ela era diferente das outras garotas, tinha os cabelos escuros cortados irregularmente e os olhos cor de amêndoa brilhavam intensamente e sempre estavam delineados com muito lápis de olho. Suas bochechas eram acentuadas e levemente avermelhadas e quando ela andava parecia tomar cuidado em cada paço para que não tropeçasse. Se eu não estivesse errado seu nome era Catarina Targaryen, uma garota do primeiro ano conhecida por suas ideias alucinógenas.
- Oi, Nicolas. – ela disse, sorrindo – Aceita um chiclete? – ela completou e me mostrou a dezena de chicletes que carregava na mão
- Claro – eu disse e peguei um dos chicletes, sorrindo – Obrigado.
Ela virou-se e saiu caminhando depressa.

Dia 20

Cheguei á escola quarenta minutos adiantado. Chovia forte e vários relâmpagos atravessavam o céu. Sentei-me em um dos bancos que ficavam na entrada e comecei a observar os pingos de chuva. A escola estava vazia. Os alunos do turno matutino estavam todos em sala de aula enquanto apenas meia dúzia do turno vespertino havia chegado. Não havia muito que fazer.
Acho que haviam se passado uns dez minutos quando a Catarina chegou. Ela estava encharcada e tremia de frio. Quando ela se aproximou pude perceber que sua maquiagem estava borrada e que ela chorava.
- Cat... – falei e ela me olhou - O que aconteceu?
- Eu briguei com minha mãe. – ela respirou fundo – Acabei saindo de casa na chuva. – ela  tentava parar de chorar.
- Tudo bem. – disse, levantando-me – Vem!
Agora estávamos sentados no palco da escola. Eu havia ajudado-a a limpar a maquiagem borrada e agora ela usava seus óculos de grau no modelo aviador. Ela também havia parado de tremer e estava vestida em minha blusa de frio, que caíra perfeitamente nela. Conversávamos e riamos enquanto ela tomava o toddynho que havíamos comprado com as moedas achadas perdidas em nossas mochilas.
Eu estava apaixonado pela Catarina e não havia mais como negar.

Dia 12

O sinal do primeiro intervalo tocou e eu me sentei no palco junto de meus amigos. Eles pareciam animados conversando sobre o encontro que faríamos na casa de Marcus, que a propósito era o meu primo e tudo o que eu fazia era concordar com o que eles falavam e rir de algumas piadas sem graça, mas mesmo assim estava distraído com a conversa, tanto que nem percebi quando Catarina se aproximou.
- Nicolas! – ela chamou, sorrindo
Eu sorri de volta e parei para observá-la. Seu cabelo estava solto e jogado para o lado com uma bandana vermelha amarrada logo atrás da franja. Ela usava óculos de grau aviador e parecia que ainda tentava se acostumar com o mesmo.
- Oi. – eu falei – Você ficou legal de óculos.
Cat sorriu, boba.
- Olha o desenho que eu fiz.
Peguei o caderno de desenho de sua mão, na folha havia o desenho de uma garota sorrindo para um garoto. Seus desenhos haviam melhorado desde que eu a conheci.
- Ficou muito legal. – entreguei o caderno de volta para ela
- Obrigada! – ela continuava sorrindo – Tenho que ir agora, nos vemos depois.
Quando ela foi embora deixei escapar um sorriso. Quando voltei a prestar atenção nos meninos Pedro me encarava.
- Você está apaixonado pela Catarina?
- Apaixonado? – perguntei de volta, gargalhando – Claro que não.

Dia 33

O sinal tocou avisando o final do segundo intervalo e eu pude ver Catarina caminhando em minha direção.
Pensei que ela fosse falar comigo, mas limitou-se a apenas um olhar com um sorriso de lado. Ela parou em frente ao Pedro, falando algo em seu ouvido e os dois saíram de perto.
Meu coração batia forte e eu senti como se um buraco estivesse a se abrir em meu estomago. Acho que aquilo era o que se pode chamar de ciúmes.

Dia 15



Cheguei á casa do Marcus atrasado. Todos os garotos já haviam chegado: Pedro, Liam e Dinho. Eles estavam sentados no chão do quarto de meu primo conversando sobre garotas.
- Em falar na Catarina, olhe quem chegou! – falou Pedro, gargalhando.
- O que foi dessa vez? – Perguntei enquanto jogava minha mochila em cima da cama desarrumada
- Nada, nada. - eu o encarei – Ok, eu estava falando com a Catarina alguns segundos atrás pelo facebook.
Sentei no chão ao lado de Liam.
- O que ela falou?
- Disse que me ama.
Senti meu coração parar por alguns segundos. O quarto ficou em silencio até que os garotos começaram a rir.
- Que me ama como amigo. – ele me olhou – E o sentimento é recíproco.

Dia 40

Era o aniversario de Catarina, ela estaria completando 14 anos e eu não fazia ideia do que a dar de presente.
Acordei uma hora mais cedo que o de costume e fui até o quarto de minha irmã.
- Karen? – chamei, batendo na porta
- Pode entrar, Nico. – ela respondeu, com um sorriso nos lábios
Sentei-me na ponta de sua cama e fui direto ao ponto:
- O que você acha que a Cat gostaria de ganhar de presente de aniversario?
Karen pensou por uns instantes e falou:
- Acho que ela gostaria de ganhar uma rosa preta.
Olhei para minha irmã.
- Uma rosa preta? – e ela confirmou com a cabeça.
Quando cheguei à escola fiquei em pé em frente ao portão esperando por Catarina. Ela havia chegado cinco minutos depois de mim e seu sorriso estava radiante.
- Cat... – a abracei – Feliz aniversario!
- Obrigada, Nico!
Eu a olhei. Ela estava mais bonita do que nunca com o cabelo preso em um rabo de cavalo frouxo e com uma bandana azul.
- Eu tenho um presente para você.
- Toddynho?! – ela falou um pouco mais alto, gargalhando em seguida
- Não... – a olhei de lado e entreguei a rosa preta
- Oh meu Goku! – ela pegou a flor de minha mão – É a rosa mais linda que eu já vi! Obrigada de novo!
E então ela me abraçou novamente e eu senti vontade de não soltá-la nunca mais.

Dia 06

Marcus gritava que eu passasse a bola para ele enquanto Liam pulava acenando para mim do outro lado da quadra. Fiquei olhando para os dois pensando para qual deles jogar a bola.
- Nicolas, jogue logo a bola! – a professora gritou
Acabei acertando a bola em uma garotinha que acabara de chegar á quadra.
- Ai ca-ra-lho! – ela gritou e eu reconheci aquela voz: Era Catarina.
Corri para perto dela, agachando-me ao seu lado.
- Desculpe-me! – disse sem jeito e ela olhou para mim
- Tudo bem, nem doeu... – ela sorriu e eu a encarei – Ok, é mentira, ta doendo muito! – ela sorriu e eu a ajudei a levantar
- Vem, vamos colocar gelo na sua testa antes que um galo gigante se forme. – disse e a puxei para mais perto de mim, caminhando em direção a enfermaria.

Dia 49

Peguei minha mochila e sai do meu quarto, passando na cozinha para dar tchau a minha irmã. Ela estava sentada na mesa de jantar, olhando algumas fotos.
- Ei, Nicolas! – ela me chamou – Olhe essa foto da minha turma da quinta série.
Aproximei dela até que pudesse ver a foto. Ao lado de Karen havia uma garota de sorriso largo e cabelos bagunçados que me parecia estranhamente familiar. Senti uma agitação estranha em meu estomago.
- Quem é essa? – disse apontando para a garota
- É a Catarina. – minha irmã me olhou – Não se lembra?

Dia 00

Eu devia ter por volta dos onze anos e eu estava em um corredor, caminhando em direção ao auditório da escola da minha irmã, quando esbarrei em uma garota.
- Ai ca-ra-lho! – ela exclamou
Olhei para baixo e a vi. Era pequena perto das outras garotas de sua idade, tinha as bochechas acentuadas e avermelhadas e seus olhos brilhavam intensamente.
- Desculpe-me! – falei sem graça – Eu não havia te visto.
- Como não havia me visto? Sou transparente por acaso? – ela parecia irritada
- É transparente sim!
- Não! – ela gritou – Não, não e não! – ela virou-se e saiu andando, apressadamente
- Ei garota! – eu a chamei – Ser transparente não é tão ruim assim!
Ela olhou para mim, com os olhos cheios de lagrimas.
- E o que me garante isso?
- Eu também sou transparente e só pessoas transparentes podem ver uma as outras.
- E o que mais? – ela caminhou em minha direção
- E um dia minha mãe me disse que se você encontra uma transparência igual a sua, você deve ficar com ela para sempre.
A garota sorriu.
- Você não diz coisa com coisa. – ela me olhou e tocou seus lábios no meu – Gostei de você, transparente.
E então ela correu, deixando-me para trás.

Desventuras de Semideuses - Capítulo 02

- Não pode ser. – falou Taiga, encarando o céu lá fora 
Geórgia havia guardado seu livro sobre pirâmides egípcias, pela primeira vez sentia-se perturbada de mais para ler.
- Vamos Taiga, algo não está certo aqui.
As duas se levantaram com as mochilas nos ombros e saíram da sala de aula. A saída foi fácil, afinal o professor Finn não estava mais em seu lugar, de acordo com Geórgia ele havia saído após terminar de recolher as provas.
Do lado de fora da sala, Taiga e Geórgia observaram o campus da Escola Espada & Cruz. As luzes das salas e ginásios estavam acesas, iluminando o local. A maioria dos alunos estavam saindo de suas salas e indo para suas casas, não havia nenhum professor no campo de vista das garotas.
Taiga parou em frente à sala de número de 13 do bloco de ensino médio, colocou a cabeça na porta em busca de alguém. Na sala só havia um garoto guardando seus materiais em sua mochila.
O garoto era alto, tinha os cabelos castanhos claros, quase loiros e mal cortados. Suas orelhas eram pontudas e seus olhos verdes, brilhantes. Seu nome era Sebastian Henley, havia completado 18 anos a exatamente dois meses e era o melhor amiga de Taiga desde que a garota tinha 12 anos.
Após guardar todos os seus materiais, Sebastian colocou sua mochila nas costas e caminhou em direção à porta. Quando notou que Taiga o esperava deu um leve sorriso e acenou para a garota.
- Olá Sebastian! – a menina exclamou, e começou a andar para fora da escola
- Oi. – ele respondeu, caminhando ao lado da garota – Oi para você também, amiga da Taiga.
- Então, você sabe o que está acontecendo? – perguntou Geórgia, olhando para o garoto
- “Nops”. Deveria saber? – Sebastian parou de caminhar
- Claro, me falaram que você é sabe-tudo, e se eu não sei sobre alguma coisa que está me deixando preocupada, alguém deve me explicar. – a menina respondeu, parando também
Taiga riu baixo e continuou andando, até esbarrar em seu professor e cair no chão.
- Desculpe. – ela falou, olhando para cima.
A imagem do professor tremulava, hora aparentando ser um homem de quarenta e poucos anos abaixo do peso, outrora aparentando ser um homem de pele fantasmagórica com os ossos a mostra.
- Santo Goku, um homem-esqueleto! – exclamou Taiga, levantando-se em um pulo.
O professor tentou dizer algo, mas o único som que conseguiu emitir foi um rugido estranho. Ele empurrou Taiga pelos ombros, fazendo-a cair novamente.
- Ei! – gritou Sebastian, abaixando-se para ajudar a amiga – Você não é o professor Finn, de matemática? Deveria ajudar seus alunos, não empurra-los para o chão.
Finn se jogou para cima do garoto, que acabara de ver sua verdadeira forma. O homem agora era um esqueleto vestido com uma capa negra, seus dentes eram presas de tamanhos assustadores e sua boca estava suja de sangue. Atrás do homem começaram a aparecer crianças caídas no chão, feridas e sangrando, muitas sem alguns de seus membros.
- Correr, agora! – Geórgia gritou e disparou em direção ao portão de entrada
Sebastian pegou Taiga no colo, que agora dormia profundamente. “Péssima hora para dormir”, pensou o garoto.
Ele correu, ultrapassando Geórgia. Finn, o professor de matemática e homem-esqueleto, estava bem próximo deles. Próximo o suficiente para puxar Geórgia pelo braço, o que ele realmente fez.
A menina caiu no chão, exclamando um “ai”. O professor segurava seu braço com força, se aproximando cada vez da garota, pronto para mordê-la e arrancar partes de seu corpo, como havia feito com as outras crianças.
- Não a morda! – gritou Taiga, acordando – Ela tem gosto de peixe podre!
Sebastian colocou a menina no chão, que correu em direção à Geórgia.
- Não, não, não! – Geórgia gritou – Não venha para cá!
Taiga estava prestes a se jogar entre a amiga e o homem-esqueleto quando um menino, com pernas de bode, gritou:
- Morte ao monstro, béeee!
O menino bode segurava uma espada de bronze, cujo qual usou para apunhalar Finn pelas costas. O homem-esqueleto saiu de perto de Geórgia, levantando-se e puxando o garoto.
- Eu sou Luke, o sátiro, não temam semideuses! – ele gritou, enquanto o homem-esqueleto o tacava contra uma parede.
Sebastian, Taiga e Geórgia correram em direção a Luke, que não parecia nada bem. Sebastian pegou a espada do “sátiro” e partiu para cima de Finn, enquanto as garotas tentavam fazer com que Luke retornasse a consciência e parasse de gritar enchiladas.
- Porque eu não fiz aquelas aulas de karatê junto de Mathew? – lamentou-se Sebastian, enquanto corria em direção ao homem esqueleto.
O menino mal sabia segurar uma espada, e por algum motivo sentia que era o único capaz de derrotar aquele monstro, mesmo acreditando que monstros não existiam. Sebastian era um garoto inteligente, sempre tirava as melhores notas, havia uma voz que falava em sua mente, fazendo-o estudar diariamente, indicando os melhores livros e escolas, e era essa mesma voz que o mandava pegar a espada e esmagar a cabeça do professor Finn.
“Não adianta só atingi-lo na cabeça ou corta-la, você deve esmaga-la” dizia a voz.
Sebastian tentou desferir um golpe no pescoço do homem-esqueleto, que desviou com uma de suas mãos. O garoto recuou para trás e em seguida correu, Finn tentou puxa-lo pelo braço, porém Sebastian abaixou-se, cortando uma das pernas do homem-esqueleto, que caiu no chão. O menino levantou-se o mais rápido que pôde e tentou desferir um golpe contra o pescoço de Finn, que por sua vez puxou o tornozelo do garoto, fazendo-o cair.
O homem-esqueleto apertava o tornozelo de Sebastian forte, as garras aos poucos iam adentrando a pele do menino, que gritava de dor. Aos poucos a perna do garoto começou a sangrar, cada vez mais e mais.
Finn arrastou-se para cima do garoto, indo em direção ao seu pescoço, mordendo-o. Sebastian debatia-se, tentando livrar-se do monstro, mas seus olhos iam se fechando e a cada segundo perdia um pouco de sua consciência.
Taiga caminhou em direção aos dois sem fazer barulho algum, pegou a espada que estava no chão e desferiu um golpe contra o pescoço do homem-esqueleto, fazendo sua cabeça voar longe.
- Esmague a cabeça, Taiga. – o menino disse antes de fechar os olhos – A cabeça.




Reativando

É isso mesmo, meus amores! Estou reativando! Animados? Sei que estão e que sentiram minha falta. Em fim, preparem-se, porque eu estou de volta a ativa.
Antes eu assinava como Ane, mas agora assinarei como Panda, até porque esse apelido é mais antigo do que Ane, ou seja, será mais fácil para alguns me identificarem.