terça-feira, 5 de maio de 2015

Meu anjo chora

Eu escuto o choro da inocência
entre as paredes pintadas de branco
Branco que por sua vez não traz paz
nem amor, nem felicidade
Apenas deixa que o habite ali
e arraste-se para longe
Longe de onde a maldade ainda reina
e em seu reinado lhe tira o pouco
E do pouco que se vai
ainda lhe resta uma fagulha
Mas a fagulha não é boa
ela se arrasta, se procria
Ela destrói
E o que te resta, pequeno anjo
é o teu choro que escuto
pois tua inocência agora pinta minhas paredes
E paredes não trazem paz
nem amor, nem felicidade
Apenas deixam que tu habites ali
e de tanto habita-las
Deixou de habitar a ti

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